quarta-feira, dezembro 14, 2005

O Fado

Pintura de José Malhoa


Há quem o tente colocar na família do Flamengo e da música Árabe. Apesar de leigo na matéria, atrevo-me a discordar dessa hipótese. É verdade que o Fado veio posteriormente a ser influenciado por essas formas musicais, especialmente pela forma como começou a ser cantado por alguns fadistas, mas na sua forma mais pura e castiça não vejo similaridades suficientes para essa tese. Também há quem diga que as suas origens possam ser africanas ou até brasileiras. Não acho credível, porque então ter-se-ia desenvolvido nessas paragens e não em Portugal, ainda para mais que aquando do seu aparecimento e desenvolvimento eram os portugueses a (quase sempre) influenciar esses povos e não o contrário. Também não concordo que o Fado tenha que ser apenas saudosismo e fatalismo, embora esses sentimentos nele existam, mas também existem outros como o amor feliz, a crítica, o escárnio, a amizade, o patriotismo.
O Fado é uma expressão musical lusitana (e não “a” expressão musical lusitana), que a par de outras, como as Baladas (ou Fado) de Coimbra ou o folclore das diversas regiões devem ser respeitadas e acarinhadas como património de um povo.
Aqueles que vão ao Blog I-Glamour e lêem as minhas publicações por lá, já devem ter reparado que eu adoro o Fado e tudo aquilo que ele representa. O Fado faz parte da minha música.

terça-feira, dezembro 06, 2005

O Inquérito e David Bowie


E como no inquérito sobre “Qual a tua década favorita em termos musicais?” a vitória coube aos anos 70. Deixo-vos no link a minha música favorita de David Bowie, feita nessa década. Para mim a melhor década para este artista.
Os resultados finais foram:

Antes dos anos 60 …..….….……… 0 %
Anos 60 ………………….....…………. 3 %
Anos 70 …………………….....………. 52 %
Anos 80 …………………….....………. 35 %
Anos 90 …………………….....………. 6 %
Década actual ……………..………… 3%

terça-feira, novembro 29, 2005

Jeff Buckley


Jeffrey Scott Buckley nasceu em 1966 nos E.U.A. Filho de músico, cedo mostrou aptidão para seguir as pisadas do pai, Tim Buckley. Foi influenciado pelo Jazz, pelos Blues, mas principalmente pelo rock progressivo dos Génesis, Rush, Yes e pelo rock mais clássico dos Led Zeppelin.
No início da sua carreira optou por apenas tocar guitarra, devido talvez ao receio de ser comparado com o progenitor. Mais tarde em 1991, foi convidado a actuar num concerto de tributo a seu pai, onde decidiu (en)cantar a audiência.
Em 1994 edita o álbum Grace, que foi aclamado pela crítica e também por artistas como Paul MacCartney e Bono. No entanto nunca foi um sucesso comercial.
Em 1997 enquanto trabalhava no seu segundo álbum de estúdio a tragédia acontece. Jeff decidiu ir nadar no Wolf River. O seu corpo apareceu apenas uma semana depois junto à Foz do Mississipi.
Apesar de desaparecido quase há uma década, a sua música continua a influenciar muitos artistas como os Coldplay, Muse ou Nelly Furtado. A música do link é um original de Leonard Cohen, que Jeff transformou em algo simplesmente fantástico.

Discografia
Live At Sin-é
Grace
Sketches for My Sweetheart the Drunk
Mystery White Boy
Live A L 'Olympia
Songs To No One 1991-1992

quarta-feira, novembro 16, 2005

Tom Waits


Músico, actor, poeta. Figura intrigante de voz …digamos… arenosa. Alguém disse que “ouvir a sua música era como caminhar numa cidade fantasma, onde tudo é rangedor e arrepiante, no entanto transmitindo uma estranha sensação de paz”. Não sei classificar a sua música, pois podemos encontrar influências de inúmeros estilos como os Blues, o Rock, o Jazz, o Country e até o Tango. Não é fácil começar a gostar de Waits, mas depois torna-se impossível não o fazer.

Discografia (não inclui compilações)
1973 Closing Time
1974 The Heart of Saturday Night
1975 Nighthawks at the Diner
1976 Small Change
1977 Foreign Affairs
1978 Blue Valentine
1980 Heartattack and Vine
1982 One from the Heart
1983 Swordfishtrombones
1985 Rain Dogs
1987 Franks Wild Years
1992 Night on Earth
1992 Bone Machine
1993 The Black Rider
1999 Mule Variations
2002 Alice
2002 Blood Money
2004 Real Gone

quinta-feira, novembro 10, 2005

Xutos & Pontapés


Em finais de 1978 juntam-se para um primeiro ensaio, com Zé Leonel na voz. São a maior (e talvez melhor) banda portuguesa. Com um som inicial bastante punk rocker, souberam adaptar-se ao longo dos anos, indo já na 3ª geração de fãs (se considerarmos cada década uma geração).
Confesso que embora já gostasse de os ouvir, foi num concerto de fim de ano, há cerca de 9/10 anos, que me tornei grande admirador. A sua energia em palco foi fantástica, a voz do Tim tão peculiar tornara-se ali ao vivo simplesmente estupenda. Recordo-me como se fosse ontem aquela versão do “Circo de Feras”.

Discografia
1982 - 78-82
1985 – Cerco
1986 - Circo de Feras
1988 – 88
1988 - Ao Vivo
1990 -Gritos Mudos
1993 - Dizer Não de Vez
1994 - Direito Ao Deserto
1995 - Ao Vivo na Antena 3
1997 - Dados Viciados
1998 – Tentação
1998 - Vida Malvada
2000 - 1º de Agosto
2001 – XIII
2002 - Sei Onde Tu Estás! Ao Vivo 2001
2003 - Nesta Cidade
2004 - O Mundo ao Contrário

sexta-feira, novembro 04, 2005

(Can’t help) falling in love – Versão U2

Visita turística dos U2 ao Lavradio – Barreiro. Em fundo um dos ex-libris da terra, parte do Complexo Industrial do Barreiro


São muitas as versões de canções de outros músicos que os U2, ao longo da sua carreira, têm tocado. Quase sempre ao vivo, quase sempre fantásticas, muitas vezes melhores (na minha opinião) que os originais.
Esta versão que vos falo hoje (e que está acessível no link) é absolutamente fantástica. Os arranjos, a voz do Bono na fase ZooTv…
Desculpa lá Elvis mas para mim ... melhor que o original!!



PS: A probabilidade de um visitante deste Blog poder ter aparecido nesta foto era grande… atrevo-me a dizer que era grande a probabilidade de aparecerem dois visitantes… Mas acho que na data deste estranho acontecimento (U2 no Barreiro) andavam entretidos a tirar um curso em Lisboa.

PS2: Acrescento ainda que se viesse a pé da casa donde vivi até aos 27 anos, até ao local desta foto (coisa que não posso confirmar que aconteceu várias vezes, nos tempos de estudante, para vir estudar com alguém que também não posso dizer quem seja) demoraria cerca de 15 minutos.

sexta-feira, outubro 28, 2005

Joy Division


Formam-se em Manchester em 1977, no meio do punk rock que caracterizava a época e a região. Inicialmente com pouco (ou nenhum) sucesso, começam a percorrer caminhos por experiências sonoras mais Pop, contribuindo para o novo movimento que emerge entretanto, o New Wave. O som era triste, as letras totalmente depressivas, o que suscitou um curioso comentário de um crítico em relação a um LP da banda: “Quem estiver com depressão quando ouvir este disco, vai atirar-se duma janela”. Após dois fantásticos álbuns, que marcam profundamente a musica rock, Ian Curtis, o vocalista, comete suicídio colocando um ponto final nos Joy Division.
Os restantes membros contratam a teclista Gillian Gilbert e formam os New Order, banda líder do movimento New Wave. Irão merecer com certeza uma futura referência neste Blog.


DISCOGRAFIA

Álbuns oficiais
Unknown Pleasures – 1979
Closer – 1980

Colectâneas/Álbuns ao vivo
Still - 1981
Substance - 1988
Permanent - 1995
Heart & Soul - 1998
Preston Warehouse 28 February 1980 - 1999
Les Bains Douches - 2001

terça-feira, outubro 25, 2005

Orchestral Manoeuvres in the Dark


Este último fim-de-semana, na procura de uns cd´s no fórum Almada, tropecei na minha ignorância musical. Passando a explicar: dei de caras com um Best Of duma banda, os Orchestal Manouvres in the Dark, da qual conhecia uma música de nome “Electricity”. Conhecia esta música da mesma colectânea onde tinha descoberto os The Ramones.
Tal não foi o meu espanto quando reparei que “Enola Gay” dos OMD era um tema desta banda, ou seja, que Orchestral Manoeuvres in the Dark = OMD. Todo este tempo a pensar que os OMD do “Enola Gay” eram uma banda e que os Orchestral Manoeuvres in the Dark do “Electricity” eram outra banda! Bem... pelo menos poupa-se um "post".
Ao comprar o álbum descobri outros temas familiares que desconhecia de quem eram, ou sequer que havia ligação entre eles.
Mais uma banda do New Wave a merecer destaque.

Discografia
Orchestral Manoeuvres in the Dark – 1980
Organisation – 1980
Architecture & Morality – 1981
Dazzle Ships – 1983
Junk Culture – 1984
Crush – 1984
The Pacific Age – 1986
The Best of OMD – 1988
Sugar Tax – 1991
Liberator – 1993
The OMD Singles - 1998
Navigation – The OMD B-sides – 2001

terça-feira, outubro 18, 2005

1,2,3 Ramones!!!


Decorria o ano de 1974 quando num subúrbio de Nova Iorque, três rapazes se juntaram para influenciar para sempre a música e em especial o punk rock.
Como eram fãs dos Beatles (!!!) adoptaram o sobrenome artístico de Ramone, que correspondia ao nome falso utilizado por Paul McCartney quando este se encontrava hospedado em hotéis durante concertos realizados na Alemanha. Surgiram então os The Ramones.
Conseguiram a sua primeira apresentação num clube nova-iorquino chamado Country Blue-Grass and Blues, destinado apenas a bandas country. Mas nessa noite houve punk rock com o reportório de 16 músicas, todas com menos de 3 minutos, onde a rapaziada se vestiu a preceito: calças de ganga rasgadas, blusões de cabedal, ténis sujos. Até final do ano voltaram ao clube mais 24 vezes.
Dei de caras com os Ramones numa colectânea de música, não me apercebendo na altura de que se tratava dum grupo punk rock. O tema que lá vinha dos The Ramones era uma balada (Baby I love you), que me fez imaginar tratar-se duma banda ao estilo dos The Proclaimers numa senda mais pop. Não podia estar mais enganado… foi necessário comprar o álbum “Ramones” para perceber isso.
A música é simples, as letras na generalidade até podem não ser muito profundas, mas que raios… para mim, a seguir aos U2 os The Ramones são “A Banda”.

Discografia
Ramones - 1976
Rocket to Rússia - 1977
Leave Home - 1977
Road to Ruin - 1978
It's Alive - 1979
Rock'n Roll High School - 1979
End of Century - 1980
Pleasant Dreams - 1981
Subterranean Jungle - 1983
Too Tough to Die - 1984
Animal Boy - 1986
Halfway to Sanityn - 1987
Ramonesmania - 1988
Brain Drain - 1989
All the Stuff and More vol. 1 - 1990
Loco Live – 1991
All the Stuff and More vols 2 - 1991
Mondo Bizarro - 1992
Acid Eaters - 1994
Adios Amigos! - 1995
We're outta here! - 1996
Anthology: Hey Ho Let's Go! - 1999

segunda-feira, outubro 10, 2005

The Stranglers

Inicialmente sob o nome de Guldford Stranglers, eram simplesmente mais uma banda à espera de oportunidades e a percorrer o inevitável e vital circuito de bares e pequenas salas de espectáculos. Chegados a Londres editaram o primeiro álbum de raiz punk tão em voga na altura. Seria um punk mais na onda americana, onde a rebeldia estava mais nas letras do que na batida e nas guitarras.
Os álbuns seguintes mostraram a tendência para virar caminho em direcção à pop music, com um som a desembarcar no estilo New Wave.
São mais uma banda nascida nos 70`s que se desenvolveu nos 80`s. Juro que não é de propósito, mas são mais uns a fazer parte da “minha música”.

Discografia

1977 - «Rattus Norvegicus»
1977 - «No More Heroes»
1978 - «Live (X Cert)»
1978 - «Black & White»
1979 - «The Raven»
1981 - «The Meninblack»
1981 - «La Folie»
1982 - «Feline» Music
1984 - «Aural Sculpture»
1986 - «Dreamtime»
1988 - «All Live & All of the Night»
1990 - «10»
1993 - «Stranglers in the Night»
1995 - «About Time»
1997 - «Written in Red»
1998 - Coup de Grace»
2004 – Norfolk Coast

sexta-feira, outubro 07, 2005

Madness



A banda nasceu em Londres em 1976. O primeiro single foi lançado em 1979 e chamava-se “The Prince”, tratando-se de uma homenagem a um músico jamaicano de nome Prince Buster. Foram ainda buscar o nome da banda (Madness) a uma canção deste músico.
A banda foi desde logo influenciada pelos sons da Jamaica, sendo impulsionadores do ska na Europa. Souberam no entanto acrescentar o seu cunho pessoal de imaginação e loucura saudável que os levou a tornarem-se uma banda de estilo singular.
Já este ano lançaram mais um albúm que vem mostrar que estão aí “para as curvas”. São sem dúvida uma fonte de inspiração para mim.

Albuns de estúdio
One Step Beyond (1979)
Absolutely (1980)
7 (1981)
The Rise and Fall (1982)
Keep Moving (1984)
Mad Not Mad (1985)
The Madness (1988)
Wonderful (1999)
The Dangermen Sessions Vol. 1 (2005)

Compilações e albuns ao vivo
Complete Madness (1982)
Utter Madness (1986)
The Peel Sessions; Madness (1986)
Divine Madness (1992)
Madstock (Live album) (1992)

segunda-feira, outubro 03, 2005

The Clash

Acho que está chegada a hora de falar de Punk Rock. Durante umas férias escolares, já na Faculdade, completamente aborrecido e em estado de dormência fazia zaping e... de repente ao passar pelo VH1… “I fought the law”. Senti-me como se tivesse apanhado um banho de água fria. Poucas vezes tinha sentido tanta energia com uma música. Conhecia os The Clash embora desconhecesse este tema.
Os The Clash iniciaram a carreira como banda de apoio dos Sex Pistols na “Anarchy Tour” de 1976, editando o seu primeiro álbum em 1977.
Foram a par dos Sex Pistols os grandes arautos do movimento punk no Reino Unido, mas ao contrário destes seguiram uma linha evolutiva na sua carreira, afastando-se do punk rock puro e duro e entrando em áreas como o Reggae ou o R&B, criando um som próprio que marcou profundamente a história do rock.
Breaking rocks in the hot sun…
Discografia
The Clash – 1977
Give 'em Enough Rope – 1978
London Calling – 1979
Sandinista! 1980
Combat Rock – 1982
Cut The Crap – 1985
The Story of The Clash Vol 1 – 1988
The Singles – 1991
Super Black Market Clash – 1994
From Here To Eternity – Live - 1999
The Essential - 2003

quarta-feira, setembro 28, 2005

She´s a mystery to me


Não conheço de forma aprofundada a discografia de Roy Orbison. Tomei conhecimento da sua existência aquando do filme Pretty Woman, cuja música com o mesmo nome surgiu em força.
Certo dia, há não muito tempo, ouvi uma música tocada ao vivo pelos U2 de nome “She´s a mystery to me”. A primeira informação que tive foi que seria uma música de Roy Orbison. Mais tarde vim a descobrir que tinha sido escrita pelo Bono e pelo The Edge, tendo sido oferecida ao cantor americano.
É uma das minhas baladas favoritas. Simplesmente magnífica. Que generosidade oferecer uma preciosidade destas!

segunda-feira, setembro 26, 2005

Sétima Legião


É mais uma banda dos anos 80 a merecer umas palavras aqui neste meu espaço. Nascem em 1982 adoptando o nome da Legião Romana encarregue de vir ditar leis na Lusitânia.
Não me recordo do momento em que os ouvi pela primeira vez, apenas me recordo da sensação que tive (e que continuo a ter) ao ouvi-los. Não tenho suficientes conhecimentos musicais ou históricos para comprovar ou explicar este tipo de sensações. É como viajar no tempo para um período imemorável. Ir ao encontro das minhas raízes. É certo que os podemos enquadrar na Pop dos 80, no movimento New Wave, de inspiração anglo-saxónica, mas aquilo que transmitem vai para além dos sons electrónicos ou das gabardinas pretas. Ao ouvi-los sinto-me…português.


Discografia
Glória/Partida (Single, Fundação Atlântica, 1983)
A Um Deus Desconhecido (LP, Fundação Atlântica, 1984)
Mar D'Outubro (LP, EMI, 1987)
Sete Mares (Máxi, EMI, 1987)
De Um Tempo Ausente (LP, EMI, 1989)
O Fogo (CD, EMI, 1992)
Auto de Fé (CD, EMI, 1994)
Sexto Sentido (CD, EMI, 1999)
A História da Sétima Legião: Canções 1983-2000 (Compilação, EMI, 2000)
A História da Sétima Legião II: Músicas 1983-2003 (Compilação, EMI, 2003)

quarta-feira, setembro 21, 2005

The Pogues


Descobri os The Pogues na década de 80, era eu ainda um pré-adolescente. Sob a influência de amigos mais velhos comecei a ouvir uma cassete gravada e fiquei desde logo fascinado pelo misto entre música tradicional irlandesa e o punk rock que eles proporcionavam.
A minha geração é sem dúvida a dos anos 90, no entanto foi a década anterior que mais me influenciou. Talvez eu tenha deixado de ouvir o “Avô Cantigas” cedo demais, ou então os anos 80 são mais fortes e mais marcantes a nível musical que os anos 90. A verdade é que ao ouvir bandas como os The Pogues “viajo” muito mais rapidamente do que por exemplo a ouvir Oásis ou Blur.
Para quem não conhece ou simplesmente quiser recordar cliquem na música que vos deixo.
Discografia da banda
Red Roses For Me
Sodomy & the Lash
If I Should Fall From Grace With God
Peace & Love
Hell's Ditch
The Best of the Pogues
The Rest of the Best
Essential Pogues

segunda-feira, setembro 19, 2005

Talk Talk – A banda


Existiu de facto uma banda com este nome. Acho que eles previram o futuro. Adivinharam que iria surgir, em pleno século XXI, um músico de charming punk rock, que escolheria esse nome artístico e que se tornaria uma referência no mundo do espectáculo e da cultura. Mas também pode ter sido apenas coincidência, uma vez que falta cumprir a própria profecia.
A banda, de origem inglesa, formou-se em 1981. Catalogada no movimento New Wave dos 80´s fica no entanto muito aquém de outros nomes como os Depeche Mode, New Order ou Joy Division.
Para aqueles que andam na casa dos trintas ou então os vintões que preferiam a Music Box ao Brinca Brincando por certo se recordarão dos temas “It´s my life” ou “Talk talk” (mais uma premonição?!)

Discografia
1982 - The Party's Over
1984 - It's My Life
1986 - The Colour of Spring
1988 - Spirit of Eden
1991 - Laughing Stock
1999 - London 1986 [ao vivo]

quinta-feira, setembro 15, 2005

Tinha que começar pelos U2


Decorria o ano de 1991. Eu era na altura apenas um adolescente com borbulhas na cara, influenciado pelas modas da época: Guns n`Roses, Nirvana, Metallica. O conhecimento sobre a música dos U2 ou a sua carreira limitava-se a um ou outro single que à época não conseguia relacionar com o nome da banda. Então, por um mero acaso, surge na minha frente um disco com uma árvore na capa: “Já que não há mais nada, vamos lá pôr isto a tocar”, pensei eu sem saber o quanto esse gesto iria influenciar a minha vida futura. Talvez tenha ouvido quatro vezes seguidas o álbum The Joshua Tree. Depois disso a atenção à rádio redobrou, músicas como Pride, 40, Bad, Bloody Sunday tornaram-se para mim hinos. Nesse mesmo ano surge a obra-prima Achtung, Baby com musicas absolutamente fantásticas e tão diferentes de tudo o que eles tinham feito até então.
Claro que nem tudo é perfeito. O álbum Pop é para mim uma decepção, talvez a única até ao momento.
O último álbum (embora a voz do Bono já não seja o que era) tem músicas fantásticas. O tema Vertigo, que faz recordar os bons tempos do Punk Rock, é mais uma lufada de ar fresco na música rock actual.
Tenho, em jeito de brincadeira, delineado listas onde coloco as minhas músicas predilectas dos U2. E são muitas listas porque é um ranking bastante volátil, talvez pelas alterações de estado de espírito ou pelo facto de serem tantas as músicas magníficas que eles têm feito.
Aqui fica o meu ranking do dia, do 1º até ao 5º lugar.

1º 40 (War)
2º With or without you (The Joshua Tree)
3º One (Achtung, Baby)
4º Zoo station (Achtung, Baby)
5º Out of control (Boy)